Tem sido notícia frequente o aumento dos consumos de droga, designadamente em Lisboa e no Porto.
Existem áreas de problemas nas comunidades em que os custos
da intervenção são claramente sustentados pelas consequências da não
intervenção. A toxicodependência é uma dessas áreas.
Um quadro de toxicodependência não tratado desenvolve-se
habitualmente, embora possam verificar-se excepções, numa espiral de consumo
que exige cada vez mais meios e promove mais dependência. Este trajecto potencia
comportamentos de delinquência, alimenta o tráfico, reflecte-se nas estruturas
familiares e de vizinhança, inibe desempenho profissional, promove exclusão e
guetização. Este cenário implica por sua vez custos sociais altíssimos e
difíceis de contabilizar.
É também recorrente o inexistência de meios e técnicos suficientes para uma intervenção adequada. Na notícia do expresso referem-se tempos de espera excessivos para pedidos de ajuda com as consequ~encias que se adivinham.
Costumo dizer em muitas ocasiões, se cuidar é caro façam as
contas aos resultados ao não cuidar. Assim sendo, dificilmente se entendem
algumas opções.
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