Não existe alternativa. A manifestação de ontem realizada pelos professores com uma expressão que terá ultrapassado 2008, o clima vivido nas escolas e nas comunidades educativas para além, obviamente, dos motivos e problemas que sustentam o processo de reivindicação iniciado há dois meses, exigem que as tutelas, Educação e Finanças, assumam que a negociação é a única saída para o contexto que se vive.
Na próxima semana realizar-se-ão
mais duas rondas de conversação. Como é sabido, uma negociação bem-sucedida
implica todos os envolvidos acordem no que é decidido e aproximem posições
justas.
Neste sentido, discursos
erráticos, habilidosos nas considerações, não geradores de confiança e
entendimento.
O universo da educação, pela sua
natureza, acção, dimensão e impacto é uma das áreas críticas das políticas
públicas. Na definição destas políticas públicas é imprescindível uma base
social de entendimento que potenciam sua operacionalização e desenvolvimento num clima
favorável e com a estabilidade possível.
É ainda imprescindível que na
abordagem às questões em discussão e no próprio processo de negociação se
considerem duas dimensões fundamentais, ética e competência.
Aguardo, tal como a generalidade
dos cidadãos, os resultados dos próximos passos e sabemos que já estão
anunciadas novas iniciativas no âmbito do processo de luta.
A situação que vivemos com
impactos diferenciados e que se poderão agravar com a sua continuidade impõem a
responsabilidade de um acordo, não uma vitória, mas um acordo justo que acomode
a resolução de muitos dos graves problemas expressos e sentidos pelos
professores.
O que está em jogo é demasiado
importante para que tal não aconteça.
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