domingo, 12 de fevereiro de 2023

NEGOCIAÇÃO, ÉTICA E COMPETÊNCIA

 Não existe alternativa. A manifestação de ontem realizada pelos professores com uma expressão que terá ultrapassado 2008, o clima vivido nas escolas e nas comunidades educativas para além, obviamente, dos motivos e problemas que sustentam o processo de reivindicação iniciado há dois meses, exigem que as tutelas, Educação e Finanças, assumam que a negociação é a única saída para o contexto que se vive.

Na próxima semana realizar-se-ão mais duas rondas de conversação. Como é sabido, uma negociação bem-sucedida implica todos os envolvidos acordem no que é decidido e aproximem posições justas.

Neste sentido, discursos erráticos, habilidosos nas considerações, não geradores de confiança e entendimento.

O universo da educação, pela sua natureza, acção, dimensão e impacto é uma das áreas críticas das políticas públicas. Na definição destas políticas públicas é imprescindível uma base social de entendimento que potenciam sua operacionalização e desenvolvimento num clima favorável e com a estabilidade possível.

É ainda imprescindível que na abordagem às questões em discussão e no próprio processo de negociação se considerem duas dimensões fundamentais, ética e competência.

Aguardo, tal como a generalidade dos cidadãos, os resultados dos próximos passos e sabemos que já estão anunciadas novas iniciativas no âmbito do processo de luta.

A situação que vivemos com impactos diferenciados e que se poderão agravar com a sua continuidade impõem a responsabilidade de um acordo, não uma vitória, mas um acordo justo que acomode a resolução de muitos dos graves problemas expressos e sentidos pelos professores.

O que está em jogo é demasiado importante para que tal não aconteça.

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