É Domingo, um dia cheio de Sol, menos frio que os anteriores por aqui no Alentejo. Uma história.
Era uma vez um rapaz chamado
Viajante. A todo o tempo contava as inúmeras viagens que, dizia ele, realizava
com frequência. Era frequente os colegas ficarem atentos a ouvir o Viajante
constar as suas andanças. Contava coisas extraordinárias e mirabolantes sobre
os sítios e terras para e por onde as viagens o levavam. Explicava com muitos
pormenores as pessoas estranhas que encontrava. Tinham, por exemplo, uma
linguagem diferente que muitas vezes não percebia e também, às vezes, se
comportavam de forma que ele e os colegas não estavam habituados.
Passava por terras que não eram
nada parecidas com a terra onde viviam e o Viajante descrevia de forma minuciosa
e ilustrada como eram essas terras.
Tinha quase sempre viagens novas
para relatar e os colegas até sentiam uma pontinha de inveja por tantas viagens
que o Viajante fazia.
Curiosamente, não percebiam que a
quase totalidade das viagens que o Viajante lhes contava eram realizadas quando
estava sentado na sala de aula a olhar para a janela. Distraído ou na Lua, como
diziam os professores que não apreciavam viagens.
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