quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

JÁ CHOVE

 Acho mais sinceros os dias de chuva. Nos dias que em chove ponho-me a pensar que não sou só eu que vivo arreliado. Depois, o cheiro da terra molhada é que me faz de novo animar.” (Almada Negreiros)

Já chove no Meu Alentejo. Que saudades desta chuva a bater no telhado e a cair certinha, bem chovida, a entrar na terra. Ainda não será suficiente para alimentar nascentes, mas é muito bem-vinda.  A terra gretada pela secura que parecia chorar lágrimas secas pela chegada da chuva, as lágrimas molhadas, já liberta o inconfundível cheiro de que falava Mestre Almada e que me deixa mais animado.

Bem que era precisa a água e oxalá ela também pudesse lavar e levar estes tempos malinos e a mediocridade da generalidade das lideranças que nos coloca outra vez à beira do abismo. Não aprendemos de todo. São tempos em que o terrorismo assume múltiplas formas e chega ao poder, aos poderes.

Esta chuva vai renovar e fazer crescer o verde que estava a desaparecer e tudo ficará mais bonito.

A terra vai ficar melhor, já chove no Meu Alentejo.

Esperemos que continue, mas as previsões não são animadoras. Para o estado do mundo também não.

Sem comentários: