Leio no Público que foi ontem apresentado em Lisboa um trabalho coordenado por António Teodoro sobre o conhecido estudo comparativo internacional o PISA (Programme for International Student Assessment).
Neste trabalho colocam-se reservas ao PISA ao nível
metodológico, natureza dos conteúdos avaliados e amostras utilizadas. Por outro
lado, questiona-se a utilização dos seus resultados na fundamentação de
decisões em matéria de políticas educativas. Não conheço o trabalho agora
apresentado e aguardo com alguma expectativa a sua divulgação. Algumas notas a
propósito do PISA e para além do PISA.
A existência de avaliação externa nos sistemas educativos é uma ferramenta imprescindível de regulação e promoção da sua qualidade embora, só por si, não a garantam. Esta avaliação externa pode ser realizada em diferentes patamares e dispositivos de que exames, provas de aferição ou estudos comparativos internacionais de desempenho dos alunos como o PISA, PIRLS (Progress in International Reading Literacy Study) ou o TIMSS (Trends in International Mathematics and Science Study)..
Nesta perspectiva é sempre com interesse que se aguardam
resultados destes dispositivos e importa considerar os seus indicadores.
No entanto como contributo para esta reflexão recupero uma
peça publicada no The Guardian em 6 de Maio de 2014. Trata-se de uma carta dirigida
a Andreas Schleicher, Director da OCDE e responsável pelo PISA, subscrita por
um grupo alargado, significativo e de vários países de académicos e
especialistas em educação ou representantes de entidades a operar neste
universo. No documento é apresentada uma leitura muito interessante do PISA e
também avançadas algumas sugestões de desenvolvimento.
Um pequeno excerto para apelar à leitura e, sobretudo, à
reflexão.
Precisamos de não esquecer que existe educação para além do
PISA.
Entretanto, vou procurar conhecer o trabalho agora divulgado.
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