Ontem, um pouco por todo o mundo
e também por cá, realizaram-se manifestações contra o racismo. O motivo próximo para sua realização decorre do bárbaro assassinato de George Floyd nos EUA. ainda mais inquietante é a certeza de que naquele minuto, numa qualquer parte do globo, mais alguém, pequeno ou grande, homem
ou mulher, novo ou velho estaria também a sofrer pelo atropelo dos seus
direitos, das suas convicções ou, simplesmente, por existir e ser como é. A barbárie anda
por aí.
É importante que não o
esqueçamos, sobretudo nestes tempos em que a intolerância, o racismo, o
atropelo a direitos de minorias, a violência, o ódio, a exclusão, parecem estar
a crescer, estão muito perto de cada um de nós.
Acho que muitos de nós chegámos a
acreditar que algumas páginas da história estariam viradas de vez e seriam ... história. Muitos de nós sentimo-nos perplexos porque …são presente.
Sabemos que os comportamentos e
discursos fortemente ligados à camada mais funda do nosso sistema de valores,
crenças e convicções são de mudança demorada. Esta circunstância, torna ainda
mais necessária a existência de dispositivos ao nível da formação e educação de
crianças e jovens e de uma abordagem séria e persistente nos meios de
comunicação social que assentem na promoção da tolerância e respeito pela
diferença e pelos direitos humanos.
Se olharmos para a mediocridade
da generalidade das lideranças actuais mais evidente se torna que só uma aposta
muito forte na educação, escolar e familiar, pode promover mudanças sustentadas
neste quadro de valores.
É uma aposta que urge e tão
importante como os conhecimentos curriculares.
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