Neste processo de desconfinamento
que se vive devolvendo muito de nós aos espaços que fazem parte das nossas
rotinas também, naturalmente, os mais novos estão envolvidos. As crianças que
frequentam creche e jardim-de-infância e os alunos do ensino secundário foram
os primeiros nesse processo inda que de uma forma gradual e com receios de pais
e profissionais.
Gostava que este processo de
desconfinamento dos mais novos fosse um pouco mais longe do que regressar aos
espaços escolares ou a outras rotinas. Sei que não será, fácil mas gostava que se aproveitasse o
balanço e se revalorizasse o brincar no exterior que por várias razões,
segurança, estilos de vida ou alteração das percepções sobre a infância e sobre a relevância do brincar se foi perdendo em muitas contextos familiares. Nem sempre é uma questão de tempo
ou oportunidade, não tardaremos a ter os grandes centros comerciais como “parque
de diversões” para muitas famílias.
Este fim-de-semana o encanto do
Alentejo ficou ainda maior com a estadia dos netos no monte. O Simão é um
assumido “especialista” em projectos e sistemas e com uma imaginação que não
pára e conta com a ajuda de voluntarioso ajudante, o Tomás.
Inspirado por algo que tinha
visto numa pesquisa entendeu por bem construir uma barragem e uma casa de “terra
de barro”, palha e canas como viu que faziam os homens de "antigamente”. A casa serviria
para as “Titas”, as gatas, sobretudo as duas recém-chegas ainda pequeninas
dormirem.
Depois de várias horas de
trabalho o Simão e o Tomás adormeceram felizes. Eu também.
São também assim os dias do Alentejo.
São também assim os dias do Alentejo.
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