Durante os últimos meses subiu
exponencialmente a comunicação digital e simultaneamente baixou a comunicação
presencial. O confinamento em casa e o estabelecimento do erradamente designado
“distanciamento social” (pretende-se distanciamento físico e não afastamento
social) minimizaram o tempo e a oportunidade para a interacção e comunicação
sobretudo fora da família.
Com o evoluir da situação e o progressivo
desconfinamento, começamos recuperar alguma proximidade e uma maior interacção
com as pessoas à nossa beira ainda que com as precauções devidas.
Hoje fiquei particularmente
satisfeito, aqui no monte ao fim de algum tempo e de receios não expressos desconfinámos
as lérias no final da lida. Pois é Mestre Zé Marrafa, aquela coisa de estarmos
a falar a medo e com pressa não é para a gente.
Sabe melhor conversar com tempo e
com disponibilidade sentados no telheiro e sempre com dois motivos, por tudo e por nada. Hoje e sem me
lembrar a razão a conversa andou à volta de um conjunto de plantas do campo com
características malinas que fazem mal a pessoas e animais. De boa parte das que
o Mestre Zé referiu nunca tinha ouvido o nome. Lamentavelmente, para além dos
loendros que já conhecia e que temos por aqui, só registei o “rabação” a que
também chamam rabaça e que é altamente venenosa.
E à volta desta conversa chegámos
à hora de almoço, o Mestre Zé com a sementeira de uns regos de feijão feita e
eu com a limpeza de mais uns metros de valado.
O tema da conversa não foi o mais
estimulante, mas as lérias com o Mestre Zé já me faziam falta.
E são também assim, outra vez, os
dias do Alentejo. Bom, vou voltar à limpeza do valado, estamos no tempo.
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