domingo, 10 de novembro de 2019

DOS TEIP

Ainda numa leitura do Programa do Governo para a educação deparei com duas referências aos TEIP curiosamente apenas direccionadas para os docentes:
Proporcionar condições para uma maior estabilidade e rejuvenescimento do corpo docente, em especial nas escolas integradas em Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP)”, pg 23 e “Criar estímulos à fixação de equipas docentes estáveis nos territórios educativos de intervenção prioritária (TEIP)”, pg 142.
Fiquei a pensar. Esta resposta, os TEIP, foi criada em 1996 visando promover a igualdade e combatendo o insucesso e o abandono escolar conforme se pode ler no normativo:


Actualmente, vinte e três anos depois, estamos na etapa 3 e de acordo com a DGE a medida envolve em 137 agrupamentos de escolas/escolas não agrupadas também se afirma que e tem como “objectivos “ a “prevenção e redução do abandono escolar precoce e do absentismo, a redução da indisciplina e a promoção do sucesso educativo de todos os alunos.
Continuando a olhar para o Programa do Governo encontram-se dezenas de referências a intenções que, vinte e três anos depois, também se direccionam para promoção do sucesso, da igualdade, da inovação, da flexibilização, da autonomia, da inclusão, etc. que, à excepção da “inclusão” terminologia não usada à época, estão presentes nos grandes objectivos dos TEIP (ver quadro).
Sim, sei que nestes vinte e três anos muito mudou para melhor o que não deve esquecer-se e sei também que em muitos TEIP se conseguiram resultados muito positivos.
Sei ainda que, passados vinte e três anos, o modelo TEIP cobre todo o território. Por um lado temos os Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e, por outro lado, temos os Territórios Educativos onde se faz a Intervenção Possível.
É ainda verdade que, quase sempre, a intervenção possível é mesmo prioritária.

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