Como diz o povo, o que nasce
torto, tarde ou nunca se endireita. Agora é o ME que solicita ao Tribunal
Constitucional a apreciação de uma norma relativa ao dispositivo de colocação de professores aprovado pela Assembleia da República.
Não parece haver forma de por uma
vez se definir um método e um modelo que devolvam alguma normalidade a este
processo.
Insisto no que há dias escrevi.
Por mais que esteja habituado a
viver por cá e com quatro décadas de trabalho no universo da educação tenho
mesmo dificuldade em perceber a aparente impossibilidade de desenvolver um processo de
acesso e progressão na carreira e de colocação dos docentes nas escolas que seja eficiente, transparente e justo. Não, não me digam que é "apenas" uma questão de dinheiro. Com o desvario irresponsável na utilização do dinheiro dos contribuintes para tapar tudo quanto é buraco criado por impunes corporações de interesses económicos, não dá para acreditar.
Não que espere algo sem qualquer tipo de infalibilidade mas, pelo menos, que seja tranquilo e com dispositivos de regulação e decisão claros e simples.
Não que espere algo sem qualquer tipo de infalibilidade mas, pelo menos, que seja tranquilo e com dispositivos de regulação e decisão claros e simples.
São permanentes de ano para ano
as dúvidas, desconfianças, alterações, atropelos de decisões e direitos
anteriormente estabelecidos, etc. Será que estes processos não podem decorrer
de outra forma? Será que toda esta turbulência é inevitável? O que se conhece
de outras latitudes permitem pensar que não, é possível fazer melhor. Aliás é
imprescindível fazer melhor.
Parece claro, basta ouvir os professores
e directores para também perceber o clima de instabilidade criado por este
processo que é tudo o que as escolas e os professores e, naturalmente, os alunos
não precisam para o desenvolvimento do seu trabalho.
E mantenho as dúvidas que há dias
referi.
Será que é uma matéria tão
complexa que é difícil fazer melhor e também por isso eu próprio não consiga
entender as dificuldades e problemas envolvidos?
Será incompetência?
Será uma questão de visão
política e de gestão das várias corporações de interesses mesmo dentro dos
diferentes grupos profissionais envolvidos?
Será a que já referi questão de economia e
contabilidade?
Será uma questão de burocracia?
Será … ?
Como também escrevi, sou
persistente, acredito que um dia cada ano lectivo irá recomeçar sem mais
sobressaltos que não o fim das férias e recomeço da lida.
Mas talvez ainda não seja o
próximo.
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