Ontem voltei à escola sede do
Agrupamento de Escolas de Sto. António no Barreiro para mais uma conversa ao
fim da tarde com pais e encarregados de educação.
Nas muitas coisas que a lida
profissional me solicita, o trabalho com os pais é uma das mais estimulantes.
Mais estimulante ainda quando encontramos uma comunidade educativa que que
procura construir um futuro melhor para os seus filhos ou alunos muitos dos
quais a viver em circunstâncias de alguma vulnerabilidade.
Buscar por um inexistente manual
de instruções para lidar com os filhos, ajudar a construir um caminho que os
leve sem grandes sobressaltos ao futuro, dá sempre origem a histórias e
inquietações que partilhadas ajudam a pensar e a fazer.
Acordámos em ideias simples e que
parecem bons contributos.
Educar pode traduzir-se em ajudar
alguém a tomar conta de si próprio. Assim, a autonomia é o fio estruturante da
acção educativa e começa no berço. Quanto mais autónomos mais autodeterminados
e auto-regulados as crianças e jovens serão, menos será necessário "tomar
conta deles", eles saberão tomar conta de si de forma adequada.
O afecto é imprescindível, não
existe "afecto a mais" ou, noutra versão, "mimos a mais".
Existe mau afecto e mau mimo e mau porque é tóxico, faz mal e não por ser
muito. As regras e os limites são bens de primeira necessidade. Tal como com os
afectos, nenhuma dieta educativa pode prescindir de regras e limites.
A educação, escolar ou familiar,
assenta relação que tem como ferramenta essencial a comunicação. A comunicação
é essencial, em qualquer idade.
Os pais, todos os pais independentemente da sua qualificação escolar têm um
papel importante na sua relação com a escola e na relação dos seus filhos com a
escola.
Estudar e adquirir uma
qualificação é o melhor passaporte para o futuro e os pais ajudam a adquiri-lo
em conjunto com a escola.
Foi boa a conversa. Até havia um lanchinho
simpático a tornar o fim de tarde mais aconchegado.
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