O episódio da farmácia que por pressão da concorrência não pode estar aberta 24h por dia apesar da posição dúbia do Infarmed, é um bom exemplo da conflitualidade de interesses nem sempre claros em que nos movemos.
Se bem atentarmos na notícia do Público a coisa fica curiosa. Os utentes acham bem que a farmácia esteja aberta, por razões óbvias. A farmácia acha que deve abrir porque faz falta aos clientes. As outras farmácias que também precisam dos clientes querem a farmácia fechada entre as 0 e as 6h porque lhes faz concorrência embora estejamos num mercado aberto, a entidade reguladora diz que pois, está bem, mas depois diz que se deve manter fechada. O governo já tinha anunciado a possibilidade de abertura das farmácias por 24h como é o caso das farmácias hospitalares. Já me esquecia, a Junta de Freguesia também acha que a farmácia deve estar aberta.
Só falta um irrelevante pormenor, a farmácia que estava aberta as 24h integra a Associação de Farmácias de Portugal, as que protestaram e determinaram o período de encerramento pertencem à poderosa Associação Nacional de Farmácias do eterno do Dr. João Cordeiro.
Talvez esteja aqui a explicação do problema, é um clássico.
E eu a pensar que era por causa do sossego das pessoas no período da noite.
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