Ao que parece o custo do dispositivo de combate a incêndios triplicou em cinco anos. É muito, em todo o caso, não deve ter sido o único custo que subiu significativamente no mesmo espaço de tempo.
Se o elevado custo corresponde a um aumento da capacidade de resposta e da eficácia não será mau. Depois de um inverno felizmente bem molhado, as zonas florestais, ou melhor, as zonas sem construção, ficaram com uma cobertura vegetal como há anos não se via e que depois de seca as transforma em autênticos depósitos de gasolina. Acontece ainda que parte significativa dessas zonas não são objecto de qualquer operação de limpeza e desmatagem que previna os efeitos devastadores de um incêndio. Estas operações deveriam constituir uma prioridade e mobilizar programas em regime de voluntariado, prestação de serviços no âmbito de apoios sociais ou programas suportados por mecenato.
Para complicar surgem também algumas informações sustentando a previsão de um Verão quente e prolongado.
Estão assim reunidas as condições para que, com a ajuda da negligência ou delinquência que sempre estarão presentes, possamos aguardar tempo quentes e complicados.
O próprio clima relacional e de vida para a maior parte das pessoas também parece contribuir para o aumento da temperatura, a vida está fogo, como dizem os brasileiros.
Neste cenário, mesmo com custos elevados, esperemos que o dispositivo de combate incêndios funcione. Já temos demasiadas estruturas e dispositivos completamente inúteis e dispensáveis.
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