Há uns meses atrás, a propósito de um estudo realizado em Portugal mostrando como a obesidade infantil é já um problema de saúde pública implicando, por exemplo, o disparar de casos de diabete tipo II em crianças, relatei aqui no Atenta Inquietude a cena de um extremoso pai que, ao meu lado, proporcionava a uma criancinha com 8 ou 9 anos um pequeno almoço composto de três salgados e uma lata de cola. Curiosamente esse texto despertou algumas reacções vindas, creio, de algumas pessoas que entendem que qualquer discurso ou iniciativa no âmbito dos comportamentos configuram uma intromissão e desrespeito dos direitos individuais. Insisto na necessidade de iniciativas e discursos que promovam comportamentos mais saudáveis sobretudo quando se trata de crianças que são obviamente mais vulneráveis e desinformadas.
Hoje, mais uma vez, dados divulgados no Público sobre a situação de estudantes do ensino secundário, metade estão em situação de risco de doença cardíaco, sublinham a forma como os estilos de vida comprometem a qualidade de vida e não será estranho que estes agora jovens, sejam adultos com problemas de saúde severos.
Parece-me pois necessário que nos espaços educativos, familiar e escolar, se reforcem a informação e algumas iniciativas que possam contribuir para que este tipo de problemas de alguma forma se minimizem.
Continuo a pensar que este tipo de precauções e discursos não fere os direitos individuais nem espelha qualquer atitude fundamentalista. Trate-se sobretudo de proteger e promover a qualidade de vida colectiva.
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