sexta-feira, 9 de julho de 2010

MEGA-AGRUPAMENTOS OU, EM MUITOS CASOS, MEGA-ASNEIRA

Esta decisão sobre os mega-agrupamentos arrisca-se a ser o primeiro capítulo do livro que a Ministra Isabel Alçada escreverá quando sair do ME, na linha de Maria de Lurdes Rodrigues, e a primeira medida que o próximo titular da pasta da educação revogará, na linha de Isabel Alçada com o estatuto da Carreira Docente. Como já aqui referi, a análise da legislação produzida não permite que se identifiquem de forma séria e fundamentada razões que defendam a qualidade da educação, trabalho de alunos e professores.
Pelo contrário, existe abundante evidência de que mega-estruturas educativas perdem eficácia e qualidade. Espaços educativos dispersos e, por vezes ,bem longe uns dos outros comprometem a qualidade da gestão a coesão de práticas e projectos, amplificam problemas, etc.
É ainda, como tem sido referido, de sublinhar o efeito desta decisão, tomada após um tempo de eleição de directores e conselhos gerais que agora, de repente, se verão substituídos não se percebendo muito bem em que termos. Os projectos educativos e regulamentos internos discutidos e pensados para uma realidade, perdem sentido representando desperdício e desrespeito pelo trabalho realizado pelas escolas. O Conselho Nacional das Escolas não foi ouvido, o processo é rápido e recorrendo a manhosices estranhas. Enfim, uma mega-asneira.
É certo que menos directores possibilitam, obviamente, um melhor controlo político do sistema e apesar de se apresentar a redução de custos como vantagem na instalação dos mega-agrupamentos, continuo a pensar que medidas que não defendam a qualidade sairão sempre muito caras.

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