As aulas vão começar e, como é habitual, todos os dias os jornais e a televisão falam muito da abertura da escola. A gente percebe que é uma coisa importante.
Vem a Ministra da Educação falar do trabalho das escolas, do trabalho dos professores e do nosso. Diz que há menos chumbos, parece que é verdade, lá na minha escola também há menos, mas não sei se a gente sabe mais e toda a gente discute os resultados. Como se não bastasse a Ministra, falam também os Secretários de Estado e até o Primeiro-ministro e dizem todos a mesma coisa. Na imprensa, aparecem também os professores a falar de como vai ser o ano lectivo e dos problemas que têm. Falam os professores dos Conselhos Executivos e não acrescentam grande coisa. Falam os tipos dos sindicatos dos professores e dizem que há professores que não vão ter trabalho, que as listas dos professores não saíram e que não estão de acordo com a política do Ministério, que não estão de acordo com a avaliação e por aí. Falam pais das Associações de Pais e dizem que estão preocupados com a gente e com as escolas, e com a segurança, etc. Fala-se também dos manuais e dos custos do material e dos computadores para as escolas, na minha escola há uma data deles que estão muito tempo parados porque muitos professores nem sabem o que fazer com eles. Também falam muito daquele Programa Novas Oportunidades que é porreiro para muita malta que nunca estudou nada e depois, em meses, ficam com as equivalências e com certificados dumas competências que têm e que a gente não sabe quais são. É como aquela cena que a gente não entende de haver colegas que passam com muitas negativas.
O problema é que no meio desta cena toda raramente falam com a gente, os alunos. A gente também tem muita coisa a dizer sobre a escola, os professores, os manuais, os computadores, os programas, as ajudas de que precisamos, os horários, as avaliações, as dificuldades, sei lá, tanta coisa. Não percebo porque não falam connosco. Têm medo ou já sabem tudo? Medo não devem ter e saber tudo não sabem de certeza, basta ver o estado em que isto está.
Vem a Ministra da Educação falar do trabalho das escolas, do trabalho dos professores e do nosso. Diz que há menos chumbos, parece que é verdade, lá na minha escola também há menos, mas não sei se a gente sabe mais e toda a gente discute os resultados. Como se não bastasse a Ministra, falam também os Secretários de Estado e até o Primeiro-ministro e dizem todos a mesma coisa. Na imprensa, aparecem também os professores a falar de como vai ser o ano lectivo e dos problemas que têm. Falam os professores dos Conselhos Executivos e não acrescentam grande coisa. Falam os tipos dos sindicatos dos professores e dizem que há professores que não vão ter trabalho, que as listas dos professores não saíram e que não estão de acordo com a política do Ministério, que não estão de acordo com a avaliação e por aí. Falam pais das Associações de Pais e dizem que estão preocupados com a gente e com as escolas, e com a segurança, etc. Fala-se também dos manuais e dos custos do material e dos computadores para as escolas, na minha escola há uma data deles que estão muito tempo parados porque muitos professores nem sabem o que fazer com eles. Também falam muito daquele Programa Novas Oportunidades que é porreiro para muita malta que nunca estudou nada e depois, em meses, ficam com as equivalências e com certificados dumas competências que têm e que a gente não sabe quais são. É como aquela cena que a gente não entende de haver colegas que passam com muitas negativas.
O problema é que no meio desta cena toda raramente falam com a gente, os alunos. A gente também tem muita coisa a dizer sobre a escola, os professores, os manuais, os computadores, os programas, as ajudas de que precisamos, os horários, as avaliações, as dificuldades, sei lá, tanta coisa. Não percebo porque não falam connosco. Têm medo ou já sabem tudo? Medo não devem ter e saber tudo não sabem de certeza, basta ver o estado em que isto está.
1 comentário:
Na nossa escola a gente acha que é tudo muito fácil, tirando as estatísticas que dão mais um bocadinho de trabalho.
Mas a gente não diz nada porque se não eles lixam a gente e já não dá para estudar na véspera e passar.
Na faculdade do Génio Crato é que é mau porque eles não fazem prisioneiros.
Mas também quem é quer trabalhar de gravata todos os dias?
Abraço
A.C.
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