segunda-feira, 8 de setembro de 2008

FALAR, NÃO FALAR

Isto anda engraçado. A Dra. Ferreira Leite falou. O PS diz que a senhora não disse nada. O Sr. Jerónimo Sousa falou, na Festa do Avante. O PS diz que disse o costume. O Dr. Portas, o Paulo calou-se. Como nunca se cala, estranharam, ele disse que falava depois. O Dr. Louçã esqueceu-se de falar. Mas ainda o vamos ouvir. Falta o Dr. Santana Lopes, o Pedro, que deve andar por aí, mas vai falar, é o destino. O “Action Man” Menezes, depois de experimentar andar naqueles aviões da Red Bull Race, vai passar a ver a política de cima, em “looping”, e disse que há políticos que não voam. Pois.
Sobre esta coisa de se falar ou não, a propósito do “silêncio” da Chefe do PSD uma das melhores análises veio de um dos maiores bluffs da política portuguesa o Dr. Pacheco Pereira, bom investigador em história, e de resto um produto da comunicação social, cujos meandros e procedimentos bem conhece e bem usa. Diz então o Dr. Iluminado que a líder da oposição deve “falar por excepção e não por regra”. Boa, então é assim, o Governo, enquanto poder executivo, realiza políticas, à oposição, não realizando políticas, resta-lhe o quê? Comentar, analisar, fiscalizar, propor alternativas, etc. às políticas do Governo. Como é que isto se faz? Intervindo, comunicando, falando. Com contenção e sem espectáculo? Certamente, ganha-se credibilidade. Mas em silêncio? Intervindo excepcionalmente? O Dr. Pacheco Pereira, cheio de inveja dos elementos próximos do PS que têm estado na Quadratura do Círculo, Jorge Coelho por exemplo, que conseguem defender o indefensável só porque vem do PS, agora que já tem uma Chefe em quem apenas vê virtudes, que raramente tem dúvidas e nunca se engana, como ele próprio, aliás, sai-se com estas análises. Não há pachorra.

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