Ninguém segura os tempos. Por vezes tropeçamos com coisas pequeninas que, de repente, começam a crescer na nossa cabeça e nos revelam algo inédito, perturbador ou, pelo menos, elucidativo de como tudo se altera de forma mais ou menos consciente para cada um de nós. Vem isto a propósito de uma pequena notícia na secção de Polícia e Tribunais do JN referente à detenção de um gangue de adolescentes que à saída de uma escola coleccionava assaltos a vítimas também adolescentes. Até aqui nada de estranho nos tempos que correm. A notícia esclarecia que se tratava de um grupo composto apenas por raparigas e que assaltava exclusivamente raparigas. Décadas de luta contra a discriminação do género não antecipavam a ocorrência que começa a registar-se de situações deste tipo, a igualdade de oportunidades no competitivo mundo da delinquência.
No mesmo sentido, a mudança rápida do nosso sistema de valores e convicções, podemos referir que, segundo dados do INE referidos no Público, em 1980 realizaram-se 72164 casamentos e 5843 divórcios enquanto em 2006 se registaram 47857 casamentos e 22881 divórcios o que parece sugerir alterações significativas.
Neste quadro em permanente e rápida mudança, causa-me alguma perplexidade que, perante situações com contornos “novos” na qualidade e na frequência, por exemplo, os episódios de violência escolar, se oiçam muitas vozes a clamar por soluções velhas. Das duas umas, ou expressam impotência e medo, ou expressam ideias conservadoras. Nada de especialmente útil para procurar “artes”novas para problemas “novos".
No mesmo sentido, a mudança rápida do nosso sistema de valores e convicções, podemos referir que, segundo dados do INE referidos no Público, em 1980 realizaram-se 72164 casamentos e 5843 divórcios enquanto em 2006 se registaram 47857 casamentos e 22881 divórcios o que parece sugerir alterações significativas.
Neste quadro em permanente e rápida mudança, causa-me alguma perplexidade que, perante situações com contornos “novos” na qualidade e na frequência, por exemplo, os episódios de violência escolar, se oiçam muitas vozes a clamar por soluções velhas. Das duas umas, ou expressam impotência e medo, ou expressam ideias conservadoras. Nada de especialmente útil para procurar “artes”novas para problemas “novos".
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