Em Maio de 2022, no 2.º Encontro Nacional de Autonomia e Flexibilidade Curricular o Ministro da Educação fez uma intervenção de que na altura comentei aqui.
Alguns exemplos, já não é preciso
“ir a países longínquos para ver um sistema educativo moderno e contemporâneo”
porque “a escola pública portuguesa faz muito e muito bem”.
No mesmo encontro, Amapola Alama,
especialista da UNESCO, afirmou "Vocês são o 'Rolls-Royce' dos sistemas de
educação. Estão entre os 40 países de topo no mundo da educação"
Também registei que “Temos níveis
históricos de abandono escolar precoce, numa redução rápida e sustentada. Temos
níveis históricos de sucesso escolar e não fazemos [esse percurso] com o
trabalho de menorizar as aprendizagens – fazemo-lo com este mote (…) de sermos
cada vez mais exigentes naquilo que é a qualidade das aprendizagens”.
Sim, acabou e cito, “o tempo do
currículo toca-e-foge, toma lá hoje, debita amanhã, esquece depois de amanhã”, pois
agora as escolas propõem “um currículo muito mais desafiante e ambicioso, em
que ensinam não apenas coisas que se aprendem e se sabem, mas também o
raciocínio, a resolução de problemas, [a capacidade de] pensar criticamente e
de criar”.
Também registei o desagrado do
Senhor Ministro, pois “Já chega de pintar um retrato da escola portuguesa que
não corresponde à realidade. Parece que andam sempre à procura do que corre
mal, ignorando que, todos os dias, nas nossas escolas, há um milhão e 300 mil
crianças a aprender e 100 mil professores a ensinar, e que as coisas correm
bem”, declarou.
Talvez seja por isto que o condutor do Rolls-Royce tenha sido eleito Presidente do Comité de Políticas Educativas da OCDE a partir de Janeiro e nos próximos três anos.
Com toda a certeza, as Políticas Educativas da OCDE serão muito bem conduzidas.
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