O texto de Paulo Prudêncio no Público, “Pensar o futuro no país que desistiu do professor, com o contributodos professores", merece reflexão”.
De facto, as políticas públicas
de educação nas últimas décadas têm dado um forte contributo para o cansaço,
desencanto e desejo de abandono da profissão que se foi instalando em muitos
docentes e a baixa atractividade que tem inibido a motivação pela carreira, única
forma de a rejuvenescer.
Ser professor no ensino básico e
secundário por razões conhecidas e por vezes esquecidas, é hoje uma tarefa de
extrema dificuldade e exigência que social e politicamente justifica um
reconhecimento e valorização frequentemente negligenciados. Acresce que é uma
tarefa desempenhada por uma classe extremamente envelhecida e cansada como tem
sido amplamente estudado e divulgado.
Ser professor é e continuará a
ser uma das funções mais bonitas e importantes do mundo, ver e ajudar os miúdos
a ser gente, mas é seguramente uma das mais difíceis e das que mais valorização
nas diferentes dimensões e apoio deveria merecer. Não adianta o discurso da
“igualdade”, da “justiça” que mascara a essência ética de que nada mais justo e
equitativo que o respeito pela diferença. Do seu trabalho depende o nosso
futuro, tudo passa pela educação e pela escola.
A valorização social e
profissional dos professores em diferentes dimensões é uma ferramenta
imprescindível a um sistema educativo com mais qualidade. A valorização e
reconhecimento passa também pela necessidade de modelos de avaliação justos e
transparentes que sustentem, reconheçam e promovam competência e empenho.
Continuo sem entender o que é que
neste contexto não se percebe.
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