O meu pai sempre me ensinou que na nossa vida devemos ser gente com espinha, se erramos, assumimos, se pensamos, defendemos, se temos razão, agimos. É assim que deve ser, gente com espinha. Era a sua designação para seriedade, sentido ético e de responsabilidade perante o outro.
Esta atitude é ainda mais exigente
para quem tem funções em que as suas decisões ou procedimentos se repercutem no
bem-estar dos outros.
No que respeita ao universo das
políticas públicas quem ocupa cargos desta natureza é, obviamente, responsável
pelo que de melhor ou menos bom acontece na sua área de intervenção e exige-se
que assuma as suas responsabilidades em cada momento.
A tragédia inaceitável que se passou no SEF no aeroporto de Lisboa exigiria que gente com espinha assumisse de imediato a responsabilidade que lhe cabe e não se entretivesse numa retórica patética e ziguezagueante de irresponsabilidade, ao que parece, com a cobertura do Primeiro-ministro.
Por uma vez Ministro Eduardo Cabrita, faça o que tem a fazer. Assuma.
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