Com uma pontinha de demagogia.
Tropecei em duas notícias referentes a pensões de reforma algo que me chamou a atenção dada a minha condição de recém aposentado.
No Expresso li que “BCP e Jardim Gonçalves chegam a acordo:
reforma do ex-banqueiro desce de 174 mil para 49 mil euros (mensais)”. Após um processo
que se arrastava na justiça desde 2011, o BCP e Jardim Gonçalves acordaram
dar-lhe fim e estabelecer uma nova reforma para Jardim Gonçalves e retirando
também outras regalias que detinha, segurança, motorista e avião particular.
No DN li que “estará garantida apenas a actualização das
pensões mais baixas, até aos 658 euros, às quais o Orçamento do Estado oferece
dez euros de subida a partir de Janeiro.”
Há qualquer coisa de um despudor, uma obscenidade, inaceitávais nisto tudo que
fazem sentir como que uma raiva a nascer nos dentes, recordando Sérgio Godinho.
Defendo sociedades com mercados abertos, mas com regulação.
Para além disso creio ainda que de gente com responsabilidade de liderança nos diferentes
sectores se exigem padrões éticos e e um quadro de valores que, no mínimo,
respeitem a sociedade que os promoveu e sustentou como lideranças.
No entanto, sem surpresa, todos os membros desta família ou
destes grupos, quando questionados sobre os seus negócios ou procedimentos,
afirmam, invariavelmente que tudo é feito dentro da lei, nada de
incorrecto e, portanto, estão sempre de consciência tranquila.
Alguém poderia explicar a esta gente que, primeiro, não
somos parvos e, segundo, o que quer dizer consciência.
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