Do encontro deste Natal entre os meus netos e o Pai Natal, resultou a entrada em cena de dois skates que têm feito o contentamento deles por estes últimos dias.
O meu neto Pequeno, o Tomás com quatro anos, numa expressão
que lhe é peculiar chama-me entusiasmado, “Avô, vê só esta manobra!”
E no telheiro do Monte, que tem algum declive, coloca-se de
gatas no skate, um pouco de balanço e desliza realizando uma curva com o corpo
inclinado, como acho que deve ser necessário na condução de tal veículo.
“Viste, Avô? É uma manobra com curva!”
“É mesmo Tomás! Fizeste uma manobra mesmo boa, eu não sou
capaz de fazer.”
“Pois não Avô, só quando tiveres quatro anos”.
Fiquei rendido à elegância com que o Tomás certificou a
minha inaptidão para o skate. Nunca irei chegar aos quatro anos.
Por outro lado, fiquei satisfeito com a sua aptidão para se
segurar quando o mundo foge debaixo dos pés. Faz parte do crescimento e vai certamente ser-lhe muito útil.
Boas manobras, Tomás e Simão.
São assim os dias mágicos da avozice.
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