Com a vossa licença permito-me
desconfinar mais uma história cá da minha tribo.
O meu neto Grande, seis anos de
experiência de vida, sentia uns incómodos abdominais pelo que os pais recorreram
a umas milagrosas gotinhas prescritas pela pediatra.
Algum tempo depois o Simão fez
uma visita substantiva e produtiva à casa de banho e a coisa pareceu melhorar.
O pai perguntou:
Já estás bem, Simão?
Pai, preciso de uma palavra melhor do que “fixe”. É que já estou mesmo
muito bem.
É curioso, como por vezes as palavras parecem faltar para dizermos como nos sentimos bem ou menos bem.
Mas inquietante mesmo é quando
aos miúdos, e não só, faltam as palavras para falar do mal que sentem.
Por isso é tão importante estar
atento e ouvir os silêncios que resultam das palavras que faltam aos miúdos.
Quase sempre não são apenas as palavras que faltam. Na escola ou em casa.
Neste tempo estranho que atravessamos talvez seja ainda mais importante.
Neste tempo estranho que atravessamos talvez seja ainda mais importante.
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