Era uma vez um miúdo, ninguém
parecia saber ao certo o seu nome, ou se sabiam não o utilizavam. Toda a gente
lhe chamava o Perdido. Tinha por aí uns treze anos.
Com a família tinha uma relação que não era muito positiva e de que os pais muito se queixavam. Nem sempre respondia ao que lhe perguntavam, quando o fazia, na maior parte das vezes, respondia qualquer coisa como, “não sei”, “não me importo” ou “não me interessa”. Não revelava especiais interesses e, sempre que possível, o Perdido fechava-se no seu canto.
Na escola, as coisas não corriam muito bem, notas baixas e com experiência de retenções, desinteressado nas aulas, pouco envolvimento nas actividades que lhe pediam, pouco participativo, sempre escudado com “não sei”, “esqueci-me” “não serve para nada”, etc. Apesar de tudo, o Perdido tinha alguns amigos, uns assim parecidos com ele, um deles até bastante seu amigo, chamava-se Sem Rumo.
Com a família tinha uma relação que não era muito positiva e de que os pais muito se queixavam. Nem sempre respondia ao que lhe perguntavam, quando o fazia, na maior parte das vezes, respondia qualquer coisa como, “não sei”, “não me importo” ou “não me interessa”. Não revelava especiais interesses e, sempre que possível, o Perdido fechava-se no seu canto.
Na escola, as coisas não corriam muito bem, notas baixas e com experiência de retenções, desinteressado nas aulas, pouco envolvimento nas actividades que lhe pediam, pouco participativo, sempre escudado com “não sei”, “esqueci-me” “não serve para nada”, etc. Apesar de tudo, o Perdido tinha alguns amigos, uns assim parecidos com ele, um deles até bastante seu amigo, chamava-se Sem Rumo.
Um dia, o Perdido estava num
canto do recreio da escola com o ar de sempre quando passou o Professor Velho,
aquele que está na biblioteca e fala com os livros. O Perdido simpatizava com o
Professor Velho, se calhar porque não lhe dava aulas e sabia histórias. Ficaram
um bocado à conversa e acabaram por combinar uma coisa assim um bocado
esquisita. Todos os dias o Perdido ia falar uns minutos com o Professor Velho e
conversavam sobre uma coisa boa e uma coisa má escolhidas pelo Perdido. Durante
as conversas o Professor Velho ia tomando umas notas. Assim se passou algum
tempo, o Perdido tinha-se entusiasmado e não faltava uma vez. Certo dia, o
Professor Velho, no fim de mais uma conversa sobre uma coisa boa e uma coisa
má, puxou assim de uma espécie de caderno que parecia um livro pequeno e
ofereceu-o ao Perdido, “com as nossas conversas fiz este livreco para te
lembrares”.
Quando o Perdido olhou para o
livro, viu escrito na capa, “Há sempre
uma maneira de encontrar um Perdido”.
Nos tempos que correm surgem novos Perdidos. Muitos dentro de casa.
Nos tempos que correm surgem novos Perdidos. Muitos dentro de casa.
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