No âmbito da lida profissional
estive até há pouco na Futurália. Tal como em edições anteriores a presença de
adolescentes e jovens é muito significativa.
Para além da atracção fatal que
nós portugueses temos pelos produtos do merchandising, sacos, canetas,
porta-chaves, etc., muitos dos adolescentes e jovens colocam-nos questões
verdadeiramente centradas e preocupadas relativamente ao seu futuro.
Numa nota mais pessoal é
interessante voltar a ver antigos alunos(as) que vêm ao evento acompanhando alunos das
instituições em que trabalham. Acho bonito dizerem-nos que algures no
passado fizemos parte do seu futuro.
A oferta de percursos e formações
é variada, as dificuldades são muitas e as dúvidas parecem ser ainda mais.
O primeiro desafio que não
podemos perder é a instalação da mensagem de que aceder a qualquer forma de
qualificação é imprescindível.
O segundo desafio é ajudar a
perceber o sonho de cada um e a estrada que a ele conduz.
O sonho pode e deve ser compatível
com a realidade, as questões da empregabilidade por exemplo, e também com as
motivações.
Sou dos que entendem que cada um
de nós deve poder escrever, tanto quanto as circunstâncias o permitirem, a sua
narrativa, cumprir o seu sonho. Por outro lado, a vida também nos ensina que é
preciso estar atento aos contextos e às condições que os influenciam, sabendo
ainda a volatilidade e rapidez com que hoje em dia a vida acontece.
Nesta perspectiva, parece-me
importante que um jovem, sabendo o que a sua escolha representa, ou pode
representar, nas actuais, sublinho actuais, condições do mercado de trabalho,
faça a sua escolha assente na sua motivação ou no projecto de vida que gostava
de viver e, então, informar-se sobre opções, sobre as escolas e respectivos
níveis de qualidade.
Finalmente, do meu ponto de
vista, boa parte da questão da empregabilidade, mesmo em situações de maior
constrangimento, relativiza-se à competência, este é o ponto fulcral mas fica
para outra ocasião.
Podemos também dar uma ajuda no
sentido de os ajudar a "ler" este universo.
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