Será hoje apresentado um balanço
dos dois primeiros anos da iniciativa Qualifica integrado integrada no Programa
Integrado de Educação e Formação de Adultos destinado aos que “não tiveram
oportunidade de estudar no tempo mais natural, mas também àqueles que, ainda
sendo jovens, não conseguiram completar a escolaridade obrigatória”.
A meta estabelecida foi a
qualificação de 600 000 adultos até 2020. Segundo a imprensa nestes dois anos 315
mil pessoas inscreveram-se nos 300 Centros em funcionamento 315 000 pessoas o
que supera o objectivo definido.
A qualificação e formação de
adultos é ainda uma das grandes prioridades portuguesas pelo que estes dados
são uma boa notícia. Cerca de 55% da população não tem o ensino secundário
completo com consequências muito significativas em sociedades marcadas pelo
conhecimento e avanço tecnológico.
A qualificação é um bem de primeira necessidade e a melhor forma de combater exclusão e pobreza.
Representam ainda uma recuperação pois nos últimos anos tinha-se verificado um forte abaixamento nos dispositivos e recursos alocados à educação permanente ou aprendizagem ao longo da vida.
Representam ainda uma recuperação pois nos últimos anos tinha-se verificado um forte abaixamento nos dispositivos e recursos alocados à educação permanente ou aprendizagem ao longo da vida.
Não tenho informação que me
permita pensar o contrário, mas espero que o processo em curso seja de facto de
qualificação e de reconhecimento processos de reconhecimento, validação e
certificação de competências e não uma “certificação” que compõe estatísticas.
Ainda recordo o Programa Novas
Oportunidades que partindo de uma fortíssima necessidade e de um conjunto de
princípios correctos, se transformou num enorme equívoco devido a uma enorme
pressão “certificadora” que confundiu “certificação” com qualificação” apesar
do esforço e dedicação de muitos profissionais envolvidos que eram pressionados
para objectivos de “certificação”.
Como disse, espero que os números agora
anunciados se traduzam em reais processos de qualificação ou de reconhecimento,
validação, certificação de competências efectivamente demonstradas e que se resista
à tentação de trabalhar para a “estatística”, instalando um fingimento de
formação e certificação de competências que promovendo certificação não promove
qualificação.
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