quarta-feira, 4 de março de 2009

UM HOMEM CHAMADO DESTINO

Era uma vez um homem chamado Destino. Quando começou a ter consciência do nome que lhe deram, nos primeiros anos, achava graça, e até ficava vaidoso, por tanta gente parecer conhecer o seu nome. Na família, na escola, na rua, em muitas conversas das pessoas que, de vez em quando, se referiam ao Destino, coisa que deixava o Destino contente.
Quando cresceu começou a achar menos graça à situação. Voltava-se para um lado e ouvia a propósito de um problema qualquer, “ a culpa é do Destino”, noutra altura ouvia que o Destino é que diria como as coisas iriam acontecer. Umas pessoas esperavam que o Destino fosse bom para elas. Muitas outras depositavam no Destino a resolução da sua vida, “há-de ser o que o destino quiser”. Algumas pessoas revoltavam-se contra o Destino porque não tinha sido simpático para elas. Algumas, embora não gostassem do Destino, lá se resignavam, “temos que aceitar o Destino”. E registavam-se muitas outras referências deste tipo, sempre com o aspecto comum de que o Destino determinava os acontecimentos, sobretudo os menos positivos.
Um dia, o Destino não aguentou mais esta pressão e partiu. Em busca de outro Destino.

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