A Confap, liderada pelo eterno Albino Almeida reclamou, de novo, no seu encontro nacional em Mira e na presença da Ministra da Educação, que considera a melhor Ministra da Educação, a abertura das escolas 12h por dia. Dando de barato, os interesses partidários de ocasião de que muitos pais se devem sentir envergonhados, voltemos às 12h de abertura, a que aqui já me tenho referido. Porquê só 12 horas? Já tive oportunidade de lembrar ao Dr. Albino Almeida que deveria solicitar à sua Ministra que às quartas e sextas as escolas deveriam encerrar às 24, no mínimo, para permitir aos pais vida cultural. E também me parece que em fins-de-semana alternados as escolas deveriam estar abertas para uma escapadinha dos pais. O Dr. Almeida vem com a treta de que as escolas abertas 12 horas não significa mais trabalho lectivo. Não precisa de dizer tal coisa, as pessoas sabem quais são as cargas curriculares, o problema não é esse. O problema é depositar na escola por períodos inaceitáveis crianças e jovens que vão passar, potencialmente, 60 ou mais horas no perímetro escolar com evidentes desvantagens para si próprios. O sistema educativo deve organizar-se para servir os interesses dos miúdos e jovens e não o de outras corporações de interesses, incluindo, interesses partidários. Não é a escola que deve estar aberta 12 horas, é a comunidade que deve ter estruturas, para além da escola, e até com o apoio da escola, que receba e acolha crianças e jovens para lá do tempo escolar. Ou então, assumam de vez o internato.
2 comentários:
O problema é que NÃO SÃO OS PAIS que "exigem" que as escolas estejam abertas 12 horas. O problema é que é tudo feito em circuito fechado. O sr. Albino é um instrumento da propaganda do Ministério da Educação. A sua confederação (que é apenas uma entre várias, e não representa,
nem de perto, nem de longe, a maioria dos pais e encarregados de educação do nosso país) recebe uma choruda avença trimestral do ME. Tal como os "estudos" encomendados, também este verdadeiro teatro encenado pelo sr. Albino pretende dar cobertura a uma decisão que, de facto, partiu do ME. A opinião pública que está longe de saber o que se passa nestes meandros, é assim facilmente enganada e manipulada.
Como pai e encarregado de educação, sinto-me ultrajado por este sr. Albino se arvorar em "meu" representante. E não desejo que as escolas sirvam de depósito para as nossas crianças e adolescentes. Em vez de criar condições para que haja mais tempo disponível para conviver em família, há quem esteja disposto a erguer verdadeiros campos de concentração para as futuras gerações. Há que desmascarar e PARAR A TEMPO estas políticas, cujos resultados no futuro serão catastróficos, em termos sociais e até civilizacionais.
Internato?!
Nãã...
Internato é demodé!
Mas não tarda e encontra-se um termo novo, aceitável e na moda; um que retire aquela réstia de peso que podia assolar uma ou outra consciência, durante a tal "escapadela de fim-de-semana", que de repente, a meio da massagem no spa, pudesse levá-los a dizer: "Deus meu, serei um mau pai??" (ou mãe, que as diferenças de género aqui não mandam)...
Enviar um comentário