Dada a aprovação do regime jurídico que enquadra a presença de professores reformados nas escolas, retomo, com alguns ajustamentos, algo que já aqui tinha escrito quando a ideia apareceu.
Em primeiro lugar, devo sublinhar que manter activas as pessoas em situação de reforma é, nos tempos que correm, uma necessidade do ponto de vista de saúde mental e física e, também, uma necessidade social. Entendo ainda que uma comunidade não pode, não deve, dar-se ao luxo de desperdiçar a experiência e o empenho social dos seniores.
Dito isto, vejamos o Projecto do ME de recrutar professores reformados para trabalho voluntário nas escolas. Ao princípio pensei que se tratasse de brincadeira, mas não, parece a sério. Não querendo aceitar que se trate de uma provocação, embora da cabeça do Dr. Lemos já pouca coisa me possa surpreender, duvidando de que se trate de uma ingenuidade infantil, só pode ser mesmo um enorme disparate político. Os professores reformados podem ser extremamente úteis nas suas comunidades, muitos são-no, conheço experiências muito interessantes que provam isso mesmo. Mas voluntariado nas escolas para desempenhar tarefas que cabem às escolas e aos professores no activo, é delinquente do ponto de vista ético, existem milhares de professores no desemprego. Sabe-se também que muitos professores estão a fugir, é o termo, para a reforma, com custos pessoais significativos, por não aguentar o clima instalado nas escolas. Vir agora convidar os professores reformados para trabalho voluntário nas escolas é absolutamente inacreditável. A seguir, provavelmente, o ME irá convidar jovens ainda sem idade para estar no mercado de trabalho para que dêem uma ajuda, voluntária é claro, no tomar conta dos mais novos, numa versão sofisticada da exploração de mão-de-obra infantil. De que mais irá esta gente lembrar-se?
E porque não procurar alguns políticos e professores reformados para trabalho na 5 de Outubro? E porque não uns pais e encarregados de educação reformados para colaborarem na escola? Finalmente, vamos ter a verdadeira Reforma na Escola.
Em primeiro lugar, devo sublinhar que manter activas as pessoas em situação de reforma é, nos tempos que correm, uma necessidade do ponto de vista de saúde mental e física e, também, uma necessidade social. Entendo ainda que uma comunidade não pode, não deve, dar-se ao luxo de desperdiçar a experiência e o empenho social dos seniores.
Dito isto, vejamos o Projecto do ME de recrutar professores reformados para trabalho voluntário nas escolas. Ao princípio pensei que se tratasse de brincadeira, mas não, parece a sério. Não querendo aceitar que se trate de uma provocação, embora da cabeça do Dr. Lemos já pouca coisa me possa surpreender, duvidando de que se trate de uma ingenuidade infantil, só pode ser mesmo um enorme disparate político. Os professores reformados podem ser extremamente úteis nas suas comunidades, muitos são-no, conheço experiências muito interessantes que provam isso mesmo. Mas voluntariado nas escolas para desempenhar tarefas que cabem às escolas e aos professores no activo, é delinquente do ponto de vista ético, existem milhares de professores no desemprego. Sabe-se também que muitos professores estão a fugir, é o termo, para a reforma, com custos pessoais significativos, por não aguentar o clima instalado nas escolas. Vir agora convidar os professores reformados para trabalho voluntário nas escolas é absolutamente inacreditável. A seguir, provavelmente, o ME irá convidar jovens ainda sem idade para estar no mercado de trabalho para que dêem uma ajuda, voluntária é claro, no tomar conta dos mais novos, numa versão sofisticada da exploração de mão-de-obra infantil. De que mais irá esta gente lembrar-se?
E porque não procurar alguns políticos e professores reformados para trabalho na 5 de Outubro? E porque não uns pais e encarregados de educação reformados para colaborarem na escola? Finalmente, vamos ter a verdadeira Reforma na Escola.
1 comentário:
Olhe concordo consigo e há uns textos lancei uma petição. É a brincar mas se esta lhe der um sorriso já valeu a pena. Se quiser dar uma olhada está aqui. Todos ao voluntariado na política. :-)
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