sábado, 7 de março de 2009

PERGUNTE AO VENTO QUE PASSA

Gosto de Manuel Alegre mas começo a não ter pachorra para o poeta. Desde o 25 de Abril que, de mansinho, se instalou em Portugal uma partidocracia, na qual Alegre, o dono da consciência das esquerdas, tem tido o seu lugar, de referência, diz ele.
De há uns tempos para cá, entrou numa espiral patética de “dono de um milhão de votos”, vou lá e levanto o congresso”, “combate ao personalismo”, não falando ele de outra coisa, a sua figura, o farol, a voz, enfim, o dono das esquerdas.
É evidente que a organização do sistema político é favorável aos partidos e não aos cidadãos, pois que saia do PS e participe só por fora, poder ser que se altere o cenário instalado. Agora esta treta, aceita integrar a Comissão de Honra do congresso do PS mas depois não põe lá os pés porque blá, blá, blá, já não dá para aturar. E depois volta ao mesmo, a voz independente do PS.
Pergunte ao vento que passa. Pode receber um conselho. Eu alinho num movimento cívico que procure promover um novo quadro legal em que a voz dos cidadãos não tenha que ter gaiola partidária. Mas resolva-se.

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