sábado, 12 de outubro de 2013

NOUTRAS PARAGENS, NOUTRAS ARAGENS


Somos um país de emigrantes de há séculos pelo que este movimento de partida, só por si, não será de estranhar. No entanto, creio que é preocupante constatarmos que durante muitos anos a emigração se realizava na busca de melhores condições de vida, a agora a emigração realiza-se à procura da própria vida, muita gente, sobretudo jovens não tem condições de vida, tem nada e parte à procura, não de melhor, mas de qualquer coisa.
Parece-me relativamente claro que a questão central nesta matéria não é o movimento que desde há muito os portugueses realizam de procurar trabalho fora do país, trata-se também da construção de um projecto de vida auto-determinado. Sabemos, aliás, que é desejável em diferentes perspectivas, que estes fluxos se realizem.
O que me parece fortemente significativo é o que representa de descrença de tanta gente, de que seja possível desenvolver um projecto de vida viável e com potencial de realização pessoal e profissional no nosso país.
Muita desta gente parte com amargura de uma terra, a sua, onde sentem que não cabem e o futuro … é um sonho impossível.
Ontem como hoje, "Virão um dia ricos ou não ... virão um dia ou não."
 

1 comentário:

não sei quem sou... disse...

Há séculos que somos um país de emigrantes, é verdade...

Primeiro para descobrir novos mundos, a história assim nos conta...
Depois para procurar melhores condições de vida, é verdade...
A diferença é que no presente estamos a ser aconselhados a sair, eu direi, A SER EXPULSOS DO NOSSO PAÍS.

A continuar assim, um dia ficam apenas os políticos que se governam uns aos outros até que sejam obrigados também a emigrar por falta de quórum.


VIVA!