sexta-feira, 4 de outubro de 2013

NUNCA PERTENCI OU TIVE QUALQUER LIGAÇÃO À SLN/BPN

Os mais novos de vocês não se lembrarão, mas por alturas de 1974 era muito frequente encontrar nos jornais anúncios em que um cidadão declarava que nunca tinha pertencido ou tivera qualquer ligação à sinistra polícia política do regime anterior, a DGS, antiga PIDE, coisa obviamente mal aceite e entendida à época.
Serve esta introdução para me referir à frequência com que alguma rapaziada se vai esquecendo de referir nos seus trajectos profissionais a passagem ou ligação por outras sinistras entidades, a SLN e o BPN. Hoje o Público faz referência a um "boy", assessor do Primeiro-ministro que trabalhou 10 anos no BPN mas que no curriculum vitae oficial se afirma como ex-bancário numa sem vergonhice que nos quer fazer passar por tolos, quando, naturalmente, as outras ligações profissionais são claramente referenciadas.
No fundo, nada disto é grave, nada disto é estranho, as famílias que tomaram conta do país funcionam neste tráfego intenso e despudorado entre as várias áreas do poder, sempre na crista da onda como autênticos e muito bons surfistas, enquanto nós vamos assistindo a este deprimente espectáculo que corrói a saúde da democracia e faz da ética e da seriedade um saco roto.
E assim se cumpre Portugal a pantanosa pátria nossa amada.
À cautela e para que conste, afirmo solenemente e por minha honra que nunca pertenci ou tive qualquer ligação à SLN e ao BPN.

2 comentários:

não sei quem sou... disse...

Quem esconde e tem vergonha do seu passado não é pessoa confiável no presente nem no futuro.

O "PADRINHO" Passos sabe proteger a sua "FAMÍLIA".


VIVA!

Anónimo disse...

Qual a culpa de um aluno carenciado para que, em razão das dividas fiscais dos seus pais, não lhe seja atribuída uma bolsa de estudo?

Obviamente que nenhuma culpa lhe pode ser atribuída!

Pois bem, se é lícito negar a um aluno carenciado uma bolsa de estudo, em razão das dívidas fiscais dos seus progenitores, por maioria de razão aos sócios da SLN, sociedade detentora de 100 % do capital social do BPN, também poderá ser cortado alguma coisa…

Fosse eu aluno universitário, chamaria à razão o Governo com a discussão do que então cortar aos sócios da Sociedade Lusa de Negócios … nunca cotada em bolsa, holding de um grupo que se financiava no BPN, que muito provavelmente ficará para a história como a maior fraude da 3.ª República, em razão da sua magnitude, cujo impacto nas contas públicas ainda hoje não é possível determinar completamente.