domingo, 21 de setembro de 2025

O RISCO DA "DESPROFISSIONALIZAÇÃO"

 A Agência para a Gestão do Sistema Educativo (AGSE) comunicou às escolas a orientação para que pudessem ser contratados educadores e professores não profissionalizados para a educação pré-escolar e 1.ºciclo do Ensino Básico.

A medida que procura minimizar a falta de docentes não está contemplada no quadro legal existente que exige que na educação pré-escolar e o 1.º ciclo os educadores e docentes deverão ser profissionalizados, ou seja, terem formação completa, científica e pedagógica para a função.

Reconhece-se, naturalmente, o resultado da incompetência das políticas públicas de educação com responsabilidades conhecidas e não assumidas, a falta de professores.

No entanto, a questão não pode, não deve, resolver-se com recurso à “desprofissionalização”, o trabalho com crianças em idade pré-escolar e no 1º ciclo não é para “amadores”.

Assim e pensando sobretudo nos que estão ou vão iniciar a o seu percurso na escolaridade obrigatória, umas notas recorrentes relativas ao que se espera e deseja que aconteça nos próximos tempos, o trabalho de professores e alunos em sala de aula, as aulas, o que menos me parece ser objecto de reflexão.

Sabemos como para a generalidade das crianças a experiência de educação pré-escolar e a “entrada” na escola, no fundo, o início da escolaridade obrigatória, continua a ser uma experiência fundamental para o lançamento de um percurso educativo e formativo com sucesso.

Em muitíssimas circunstâncias da nossa vida, quando alguma coisa não correu bem, é possível recomeçar e tentar de novo esperando ser mais bem-sucedido. Todos experimentámos episódios deste tipo.

Temos de garantir que os docentes, pré-escolar e 1.º ciclo tenham a formação adequada.

Também sabemos que pode não chegar para evitar dificuldades, mas também sabemos que os profissionais qualificados estarão mais preparados para com elas lidarem.

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