Neste arranque de ano lectivo duas referências de natureza diferente, uma positiva outra negativa.
Comecemos pela positiva. Foi
publicado o Decreto-Lei n.º 105/2025 de 12 de Setembro que, no âmbito das mudanças no MECI, cria Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação,
I. P. (EduQA, I. P.). É referido no decreto que no âmbito das suas
competências, deverá “assegurar a implementação das políticas educativas no
domínio da componente pedagógica e didática da educação dos 0 aos 6 anos”.
Muitas vezes aqui referi que a
tutela da intervenção dos 0 aos três que estava atribuída à Segurança Social
deveria estar no Ministério da Educação pois o acolhimento das crianças deve
estar abrangido desde o início por um forte princípio de intencionalidade
educativa. É certo que existiam “Orientações
Pedagógicas para Creche”, documento elaborado por um grupo de trabalho
constituído por iniciativa do ME e do Ministério do Trabalho, Solidariedade e
Segurança Social, mas a tuela continuava no neste último.
A segunda referência, a negativa, remete para os exercícios de “wishful thinking” do Ministro da Educação que continua a falar de “normalidade”, arranque de ano “tranquilo” pois “não faltam professores”, em “98%/99% das escolas os professores estão todos colocados, os alunos vão ter aulas a todas asdisciplinas".
A experiência diz-nos que não
adianta torturar a realidade até que confesse o que pretendemos ela mostre.
Nada de novo.
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