Mais uma vez o Ministro Tiago
Rodrigues conseguiu surpreender-me. Num evento integrado na Cimeira Social da
União Europeia, o Ministro da Educação afirmou que “Portugal é orgulhosamente
conhecido como um país que está na vanguarda da inclusão na educação, indo mais
além na promulgação de um quadro legal para a inclusão de estudantes com ou sem
dificuldades na educação”. Nem mais, tomem e embrulhem.
Um país de vanguarda cria novos
paradigmas regularmente. Neste novo paradigma a inclusão passa a ser para todos.
A sério!?
Assim sim, então podia lá ser a
inclusão não ser para todos os “estudantes”, claro que é, é mesmo para todos. E
o Ministro, por economia, apenas referiu os que têm dificuldades e os que não têm,
faltou a referência às características que fazem com que cada aluno seja diferente
de todos os outros, mas compreende-se a simplificação.
Só achei que faltou uma
referenciazinha à inclusividade, estar na vanguarda tem responsabilidades e
solicita a utilização de terminologia actualizada.
É sábado, não me apetece escrever
umas notas sobre este entendimento. Muitos vezes aqui referi alguns equívocos
associados ao “quadro legal para a inclusão dos estudantes”.
A verdade é que não posso esquecer que Tiago
Rodrigues é o responsável sectorial pelas políticas públicas de educação.
É de esperar um bocadinho mais.
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