Devem existir motivos
poderosíssimos que me escaparão como a boa parte dos cidadãos, mas “mete-me
espécie” que Eduardo Cabrita ainda seja Ministro da Administração Interna.
Devo dizer que não sou particular
adepto do coro de vozes que sistemática e facilmente pedem a substituição de
Ministros. Entendo que a responsabilidade deve exercer-se até ao fim dos mandatos.
No entanto o Ministro Cabrita já
é um “estudo de caso”, funciona em modo “cada cavadela, cada minhoca”. Desde a
polémica em torno das golas inflamáveis, do caso trágico passado no SEF, das
trapalhadas em torno do SIRESP, da questão de Odemira e da forma como decorreram os festejos dos sportinguistas, para além de outras questões de menor visibilidade, o Ministro Cabrita tem
mostrado uma consistente e coerente incompetência que impressiona, para além de intervenções públicas
absolutamente desastradas e que nos destratam a inteligência.
Aliás e em termos de intervenções
públicas, o Ministro revela aqui sim uma estranha "competência", é das pessoas
que mais consegue falar sem dizer nada e quando diz mesmo alguma coisa … seria
melhor ter ficado calado. Por outro lado, em algumas circunstâncias em que seria imperativo ouvir o Ministro ... fica calado.
A sua manutenção no executivo ou
é teimosia do Primeiro-ministro ou terá outras razões que me escapam. Pensar
que será “apenas” o cartão certo parece-me pouco para suportar o apoio e elogio a tanto desacerto. A avaliação de "excelente" produzida pelo Primeito-ministro o Parlamento entra para a lista das grandes tiradas de humor político.
Numa altura em que estamos à
beira de lançar um Plano de Resiliência e Recuperação que tem como um dos eixos críticos o ambiente, julgo que a manutenção de Eduardo Cabrita como Ministro da
Administração Interna já coloca também uma questão séria de agressão ambiental.
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