quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

ERA INEVITÁVEL

 Era inevitável. A pressão dos números devastadores da pandemia, da opinião de diferentes especialistas e de boa parte da opinião pública levou à decisão de encerramento de todas escolas por 15 dias sem que se desenvolva algum tipo de ensino não presencial. O Primeiro-ministro referiu a possibilidade de reflectir este tempo sem aulas no calendário escolar.

Nesta fase do ano lectivo, partindo do pressuposto optimista de que 15 dias de paragem terão o impacto que se deseja em matéria de saúde pública, creio que alunos e professores acomodarão sem grande sobressalto do ponto de vista das aprendizagens os quinze dias sem escola. No entanto, talvez fosse desejável que o ensino secundário pudesse continuar com aulas não presenciais ainda se possa considerar a questão de equipamentos e qualidade no acesso. Aliás, pode ser que este intervalo permita acelerar a prometida renovação de equipamentos e acessibilidades digitais, o ajustamento nos recursos humanos,  (professores, técnicos e auxiliares) e seria um ganho.

Seria desejável, ainda assim, que se conseguisse manter algum tipo de apoio/contacto com alunos e famílias em situação de maior vulnerabilidade.

Existe ainda a questão da presença dos pais ou de um dos pais em casa, situação imprescindível e que se desejaria possível sem impacto significativo no rendimento das famílias. É verdade que existe um quadro legal protector, mas em Portugal, demasiadas vezes, as leis são indicativas e não imperativas.

Resta-nos ter algum optimismo relativamente ao achatamento da maldita curva e que dentro de quinze dias, ou mesmo um pouco mais, os alunos voltem a um lugar onde gostam e precisam de estar como uma peça no Público ilustra.

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