Era inevitável. A pressão dos números devastadores da pandemia, da opinião de diferentes especialistas e de boa parte da opinião pública levou à decisão de encerramento de todas escolas por 15 dias sem que se desenvolva algum tipo de ensino não presencial. O Primeiro-ministro referiu a possibilidade de reflectir este tempo sem aulas no calendário escolar.
Nesta fase do ano lectivo, partindo do pressuposto
optimista de que 15 dias de paragem terão o impacto que se deseja em matéria de
saúde pública, creio que alunos e professores acomodarão sem grande
sobressalto do ponto de vista das aprendizagens os quinze dias sem escola. No entanto, talvez fosse desejável que o ensino secundário pudesse continuar com aulas não presenciais ainda se possa considerar a questão de equipamentos e qualidade no acesso. Aliás, pode ser que este intervalo permita acelerar a prometida renovação de equipamentos e acessibilidades digitais, o ajustamento nos recursos humanos, (professores, técnicos e auxiliares) e seria um ganho.
Seria desejável, ainda assim, que se conseguisse manter
algum tipo de apoio/contacto com alunos e famílias em situação de maior
vulnerabilidade.
Existe ainda a questão da presença dos pais ou de um dos
pais em casa, situação imprescindível e que se desejaria possível sem impacto
significativo no rendimento das famílias. É verdade que existe um quadro legal
protector, mas em Portugal, demasiadas vezes, as leis são indicativas e não
imperativas.
Resta-nos ter algum optimismo relativamente ao achatamento
da maldita curva e que dentro de quinze dias, ou mesmo um pouco mais, os alunos
voltem a um lugar onde gostam e precisam de estar como uma peça no Público ilustra.
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