Vinha há pouco a chegar do
Alentejo e ao passar nas imediações do espírito natalício, perdão, do Almada
Fórum, já bem se notava a chegada do … espírito natalício. O trânsito e a
romaria apeada não enganam, está mesmo à porta o espírito natalício.
Este ano e ao que consta, o “mood”
parece ajudar, e iremos certamente viver um bom Natal apesar de alguns de nós
continuarem à margem. Como é sabido, o Natal quando nasce não é para todos.
Daqui a alguns dias ficaremos a
saber que diferentes destinos de viagens estão com imensa procura ou mesmo
esgotados para o período do Natal e Ano Novo. Está certo, o espírito natalício
é para ser gozado aquém e além-fronteiras, somos portugueses, pois claro,
cidadãos do mundo.
Por outro lado, já estamos a ser
literalmente bombardeados com o espírito natalício, o das compras e do
histerismo consumista. Não estou a falar de uma minoria, sempre por cima, que
faz com que o mercado imobiliário de gama muito alta, o mercado automóvel do
mesmo nível ou as vendas das grandes griffes atravessem as crises sem grandes
sobressaltos. Estou a referir-me à esmagadora maioria de nós e como os modelos
de desenvolvimento e os sistemas de valores associados nos transformam a vida
numa luta pela sobrevivência e, simultânea e estranhamente, numa luta por
parecermos gente que não somos e a quem não falta nada. No entanto há mesmo gente do lado de fora.
Esta conversa é um bocado estranha,
mas fico sempre assim quando começa o espírito natalício.
Ainda assim e desde já, Bom
Natal.
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