sábado, 12 de junho de 2010

OS TRABALHOS DOS MIÚDOS

A agenda das consciências determina para hoje o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil. Apesar da tragédia que esta questão ainda constitui no mundo actual, a situação em Portugal experimentou melhorias significativas embora ainda se verifiquem alguns casos.
No entanto, apesar de menos explorados enquanto mão-de-obra barata, os miúdos não estão livres dos trabalhos, havendo muitos cuja vida é mesmo, como diz o povo, o cabo dos trabalhos.
Vejamos o trabalho da escola. Apesar de procurar responder a um problema importante que muitas famílias sentem, a guarda das crianças nos períodos laborais, o sistema educativo tem procurado resolvê-lo da pior da maneira, prolongando inaceitavelmente a estadia das crianças na escola. Creio que nem toda a gente tem consciência de que, de acordo com a lei uma criança, por exemplo do 5º ano, pode passar 11 horas por dia na escola, ou seja, 55 horas por semana. Esta overdose de estadia institucional na escola, com o tempo muitas vezes preenchido com actividades de duvidosa qualidade, não pode deixar de ter consequências na relação que os miúdos estabelecem com a escola e com as actividades de escola.
Por outro lado, muitos miúdos, vivem institucionalizados ou em famílias que não os merecem e que deles cuidam mal, por negligência ou incompetência. Tal situação torna os trabalhos de crescer, ser gente e construir um futuro com sentido, um conjunto de tarefas que não é muito fácil embora, felizmente, a maioria dos miúdos cumpram esses trabalhos de forma tranquila e com bons resultados.
Pois é, o trabalho infantil e juvenil continua a pesar, temos que melhorar o trabalho dos mais crescidos.

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