Em tempo de exames são recorrentes as abordagens na imprensa às implicações e dificuldades que a época traz para alunos e famílias.
O Público trata a questão de um ângulo menos habitual, a "pressão" sentida pelos bons alunos e que o trabalho procura evidenciar.
Não há exames sem ansiedade, aquela pontinha de ansiedade que nos faz estar super atentos e que, por outro lado, não pode ser excessiva de forma a inibir o nosso rendimento. As fontes de pressão e natureza dessa pressão é que pode variar. Os bons alunos são, naturalmente, aqueles que melhor correspondem, com mais ou menos esforço, às expectativas que, designadamente os pais, mas também os professores, constroem e decorrem frequentemente de contextos altamente competitivos em que apenas a excelência é bem aceite.
De uma forma geral, quanto mais desenvolvidas são as comunidades e mais escolarizadas as famílias, maior a pressão para a excelência e, em muitos casos, a pressão para que se construa determinado percurso, por exemplo, é um clássico, a entrada em medicina nas universidades portuguesas, que, para complicar, se decide, por vezes, na décima.
A questão é a forma individual como cada adolescente ou jovem lida com esta pressão, por vezes excessiva, e que decorre mais da família e do contexto do que da situação de exame propriamente dita. São conhecidas situações em que a pressão ficou insuportável levando a processos de fragilização da saúde mental e, em alguns casos a comportamentos auto-destrutivos. Sabe-se que este tipo de comportamentos é mais frequente em comunidades de países mais desenvolvidos, porque mais competitivos, mas também se verificam muitos casos entre nós.
Como sempre, é fundamental que se esteja atento e não facilitar, os bons alunos também são vulneráveis e podem sofrer.
Sem comentários:
Enviar um comentário