Aparentemente e reafirmadamente vivemos na era da comunicação, nunca os meios e níveis de comunicação estiveram tão em alta. Uma das ferramentas mais eficazes de comunicação é, sem surpresa, os telemóveis. Segundo um estudo a divulgar brevemente e realizado pela Universidade do Porto, 93.3% das crianças e adolescentes inquiridas entre 6º ano e o 10º têm telemóvel. Os mais novos enviam cerca de 84 sms por dia e os mais velhos atingem as 235. O mesmo estudo diz ainda que 78% dos contactos entre pré-adolescentes são operados através de sms. Como se vê estamos mesmo em comunicação intensiva.
Os estudos realizados com adultos evidenciam também este elevado nível de comunicação por sms.
Apesar deste aparato comunicacional e sem querer minimizar os lados positivos deste fenómeno creio, no entanto, que muitas crianças e adolescentes mascaram a solidão em que vivem e que, alguns, sentem, através da troca de centenas de sms que, em algumas circunstâncias, são mais SOS que SMS, ou seja, no fundo dirão Sinto-me Muito Só e tu?
Como refere o Professor Mário Cordeiro na peça do I sobre esta questão, torna-se fundamental a atenção dos adultos para que o mundo da comunicação sms (ou as redes sociais da net) não substitua o mundo da comunicação real, entre pais e filhos, por exemplo.
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