Nos últimos dias tem estado em discussão a questão do casamento entre pessoas do mesmo género devido a propostas de alteração legislativa em sede de Parlamento. Tal como na recente discussão da legislação sobre o divórcio, é habitual entender-se estas matérias como uma questão de valores e, portanto, susceptíveis de ficar para além do discurso político, puro e duro. Parece evidente, creio, que a questão em causa, implicará directamente uns milhares de portugueses, e, indirectamente, todos, uma vez que poderá implicar ajustamentos na ordenação jurídico-legal da vida em comunidade familiar. Também posso entender que, consoante os valores, assim se possam expressar juízos sobre a pertinência, a oportunidade, a importância e, finalmente, tomar posição sobre a questão. O que eu tenho a maior das dificuldades em entender é a posição do PS, de não aceitar discutir alterações legais nesta matéria por que ela não consta da agenda política nem do Governo nem do PS, Sócrates dixit no Parlamento. Será possível que alguém tenha uma visão tão arrogante e alienada da realidade ao ponto de estabelecer que um problema só existe e é susceptível de discussão quando está na sua agenda? A realidade não é a sua agenda política Senhor Primeiro-ministro, a realidade, para o melhor, existe para lá da sua vontade e do seu esforço de a definir. Podem entender assumir posições concordantes ou discordantes sobre a questão, mas não digam que só é uma questão quando constar da vossa agenda. Não é sério.
2 comentários:
Tem razão, não é sério.
Só para acrescentar que se o Paulo Bento tivesse no Plantel Sporting a Juventude Socialista não havia Cá Vuckevic nem problemas de disciplina porque eles batem a bola baixa quando é preciso.
Abraço
A.C.
Já dizia a minha avó, e o Saramago disse-o de outra forma :"O pior cego é aquele que não quer ver"!
Vi hoje o seu blogue pela primeira vez e já está na minha "lista negra", perdão, nos meus favoritos.
Foi sugestão da minha filha ( que é sua aluna)e, ainda bem que aceitei a sugestão.
Como também sou da área, mas trabalho com mais pequenos, não sei se a srªministra me deixa tempo livre para aqui vir muitas vezes deixar o meu testemunho.Sim porque neste momento existe uma nova classe social: os escravos (leia-se "professores").
Estamos entregues a um grupo de governantes, piores que uma seita religiosa! É caso para perguntar ao sr. engº: E o aumento dos impostos também fazia parte do programa eleitoral?Suponho que necessito de uma prótese auditiva, pois já não oiço bem esta gente.
Um abraço
A.B.
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