Já lhe chamam Lisboagate, não há órgão de comunicação social ou analista que não se lhe refira, é o último grande alarido instalado no jardim. Estou, obviamente, a falar da questão das casas de que a Câmara de Lisboa é proprietária e que, ao longo de décadas, parece, tem distribuído a preços “interessantes” a amigos e conhecidos da elite que, sucessivamente, tem dirigido a autarquia.
Com toda a franqueza, onde é que eu já ouvi isto, não percebo o problema. Vejamos. Ninguém ignorará que uma das mais fundamentais competências dos municípios é a área da habitação. Pois bem, a Câmara tinha na sua posse fogos concentrados, chamados bairros sociais, que entendeu por bem atribuir às famílias socialmente e economicamente desfavorecidas. É sabido o efeito negativo que esta política urbanista tem, criando fenómenos de guetização, com os riscos por demais conhecidos. Por outro lado, a Câmara é detentora de milhares de outros fogos, há quem diga que não se sabe o número exacto, dispersos pela cidade. Assim, numa política visionária, mais correcta, distribuiu estas casas, não pelas pessoas des-remediadas, mas, pelo contrário pelas remediadas e, até, pelas muito bem remediadas. Isto trata-se de uma verdadeira política de integração. Imaginem os riscos de criar um bairro só com fogos para amigos e conhecidos, uma espécie de Bairro do Amiguismo? Não, assim é que é correcto, a integração no tecido comunitário é sempre a melhor maneira de promover a integração social e o convívio interclassista.
Não consigo mesmo entender o nosso funcionamento. A Câmara cumpre as suas competências, de uma forma ajustada, o que nem sempre acontece, e o pessoal ainda protesta.
Com toda a franqueza, onde é que eu já ouvi isto, não percebo o problema. Vejamos. Ninguém ignorará que uma das mais fundamentais competências dos municípios é a área da habitação. Pois bem, a Câmara tinha na sua posse fogos concentrados, chamados bairros sociais, que entendeu por bem atribuir às famílias socialmente e economicamente desfavorecidas. É sabido o efeito negativo que esta política urbanista tem, criando fenómenos de guetização, com os riscos por demais conhecidos. Por outro lado, a Câmara é detentora de milhares de outros fogos, há quem diga que não se sabe o número exacto, dispersos pela cidade. Assim, numa política visionária, mais correcta, distribuiu estas casas, não pelas pessoas des-remediadas, mas, pelo contrário pelas remediadas e, até, pelas muito bem remediadas. Isto trata-se de uma verdadeira política de integração. Imaginem os riscos de criar um bairro só com fogos para amigos e conhecidos, uma espécie de Bairro do Amiguismo? Não, assim é que é correcto, a integração no tecido comunitário é sempre a melhor maneira de promover a integração social e o convívio interclassista.
Não consigo mesmo entender o nosso funcionamento. A Câmara cumpre as suas competências, de uma forma ajustada, o que nem sempre acontece, e o pessoal ainda protesta.
1 comentário:
Tem toda a razão! Se se faz, é porque se faz. Se não se faz, é porque não se faz! Como é que as pessoas não conseguem discernir a justeza desta medida tão democrática?! E depois lá vinham os tais des-remediados a queixarem-se: porquê só para nós as casas?!
"It's an injustice, yes, it is!..."
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