Um dia, estava o Professor Velho, o que está na biblioteca e fala com os livros, no seu canto à conversa com uns livros que tinham chegado de novo, quando entrou o Manel. O Manel tem dez anos, anda no 5º ano, as pessoas acham-no um bocadinho tímido, de resto bom aluno. O Manel pediu ao Professor Velho que o ajudasse a encontrar um livro para ele perceber bem o que é poesia. O Velho estranhou o pedido e o Manel explicou. Na aula de Língua Portuguesa a setôra pediu que fizéssemos um texto pequeno a dizer o que faríamos se fôssemos professores e eu escrevi isto. O Professor Velho leu.
Se eu fosse professor, explicava aos alunos o que é que eles têm de aprender e para que serve.
Se eu fosse professor, tentava nunca gritar com os alunos, ninguém se entende.
Se eu fosse professor, falava com os alunos sem ser do programa, para os conhecer melhor.
Se eu fosse professor, havia de não chamar nomes aos alunos, nunca.
Se eu fosse professor, nunca diria gosto tanto de todos os meus alunos, ninguém gosta de toda a gente.
Se eu fosse professor, quando estivesse aflito pedia ajuda aos outros professores.
Depois de ler, o Velho perguntou ao Manel que tinha dito a professora.
Velho, a setôra riu-se e disse-me, “Manel, és um poeta”. Por isso quero perceber melhor o que é poesia.
Se eu fosse professor, explicava aos alunos o que é que eles têm de aprender e para que serve.
Se eu fosse professor, tentava nunca gritar com os alunos, ninguém se entende.
Se eu fosse professor, falava com os alunos sem ser do programa, para os conhecer melhor.
Se eu fosse professor, havia de não chamar nomes aos alunos, nunca.
Se eu fosse professor, nunca diria gosto tanto de todos os meus alunos, ninguém gosta de toda a gente.
Se eu fosse professor, quando estivesse aflito pedia ajuda aos outros professores.
Depois de ler, o Velho perguntou ao Manel que tinha dito a professora.
Velho, a setôra riu-se e disse-me, “Manel, és um poeta”. Por isso quero perceber melhor o que é poesia.
1 comentário:
Bonito e comovente! E, bem de acordo com o real!
É pena que quando falamos de poesia, transferimos de imediato esse "item", para o plano do inconcretizável!
..." A vida é assim, que quer?...", dizia H. Helder num dos seus magníficos poemas! Eu respondo: " Queria que a poesia fosse, pelo menos um bocadinho, real...".
Abraço.
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