quarta-feira, 12 de novembro de 2014

AS PALAVRAS (MAL)DITAS

OE 2015. Classe média é "a grande sacrificada"
A Ministra das Finanças afirmou hoje que no âmbito do orçamento para 2015 e tal como tem acontecido, "A classe média acaba por ser a grande sacrificada, porque se procura sempre proteger quem tem menos recursos e porque, infelizmente, ricos temos poucos. Se tivéssemos mais, facilitaria, mas em Portugal, de facto, não há muitos.
Só lhe faltou retomar o mítico slogan "os ricos que paguem a crise".
Acontece que o enunciado de Maria Luís Albuquerque não tem correspondência com a realidade. Nos últimos anos e assim vai continuar a acontecer por opção política do Governo, o empobrecimento foi definido como a salvação. O resultado, os indicadores mostram-no,  foi o aumento da pobreza, da envergonhada e da visível, e da exclusão, os grupos mais vulneráveis, velhos e crianças duramente atingidos, um desemprego brutal, a falência de milhares de pequenas e médias empresas, etc. Do outro lado da escala, os indicadores também evidenciam, a assimetria na distribuição da riqueza aumentou e os ricos, poucos, evidentemente, tornaram-se mais ricos.
Posso discordar das políticas mas não me choca que Maria Luís Albuquerque as defenda, é responsável e co-responsável. Já me embaraça o despudor e a insensibilidade das palavras utilizadas.

Sem comentários: