No dia seguinte. No dia seguinte estamos como estávamos no dia antes.
Os professores vêm de há muito a
ser desconsiderados em aspectos críticos como valorização social, estatuto
salarial, modelo de avaliação, modelo de carreira, contratação, etc.
As políticas públicas têm como
imperativo estabelecer de forma integrada as condições e regular o
funcionamento das respectivas áreas, de modo que, no caso, o sistema educativo tenha
qualidade e serenidade, condição básica ao sucesso do seu trabalho e que
envolve professores, alunos, técnicos, pais e outros actores.
É o que não tem acontecido no que
se refere aos professores, mas não só.
É próprio das sociedades
democráticas que as políticas públicas sejam estabelecidas com base em
processos transparentes, negociados, competentes, sob pena de comprometer a sua
qualidade e os resultados que se esperam dessas políticas. Estes resultados poderão
ser torturados para confessarem o que, certamente, não significam, e comprometem
o futuro. Não será, evidentemente, um caminho com final feliz.
É óbvio que nenhuma política
pública sectorial é bem-sucedida desenhada contra os principais actores profissionais
desse sector. Pode entender-se que se perde os professores, mas se ganha a
opinião pública, mas, para além de não ser assim, na verdade perde-se o país.
O que é que deste cenário não se
percebe?
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