Não é possível saber qual a adesão que merecerá a manifestação que amanhã os professores realizarão em Lisboa. Considerando o que se observado nas últimas semanas, é bem possível que as movimentações de 2008 possam ser ultrapassadas o que terá um significado inquestionável.
Por outro lado, a manutenção de discursos e intervenções
erráticas por parte da tutela e o recurso a procedimentos que, mais do que esclarecer
ou contribuir para a solução, agudizam o confronto e não parecem indiciar a
possibilidade de concertação e confiança.
No entanto, é fundamental que a única forma de ultrapassar
este cenário, a negociação, não esteja comprometida.
Como frequentemente escrevo e afirmo, muitos dos problemas
dos professores são também problemas nossos, de toda a comunidade. A qualidade
da educação e da escola, pública ou privada, tem como um dos eixos críticos o
trabalho dos professores que, por sua vez, exige serenidade e confiança.
Os sistemas educativos com melhor qualidade, independentemente
dos critérios de qualidade são, em regra, os que mais valorizam os professores,
em termos sociais, em termos profissionais e também no estatuto salarial.
A defesa da qualidade da educação e da escola, pública e também privada, passa incontornavelmente pela defesa e valorização das condições de trabalho, em diferentes dimensões, que possibilitem que o desempenho de escolas, professores, directores, técnicos, funcionários, alunos e pais tenha o melhor resultado possível.
O futuro passa pela educação e pela escola, donde ...
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