Estamos no início da semana de Natal e, apesar dos dias estranhos que vivemos, traz dentro de si uma inevitável questão, os presentes de Natal. O tempo de Natal é habitualmente um tempo de frio, a que as dificuldades de muita gente ainda retiram calor.
No entanto, Natal é Natal e boa parte de nós sente,
deseja, precisa, de dar presentes pensando sobretudo nos miúdos que, em
particular os mais pequenos, ainda mantêm uma relação quase mágica com este
tempo. Sorte a deles.
A escolha dos presentes nem sempre é uma tarefa fácil e os
constrangimentos económicos poderão limitar a disponibilidade e dificultar a
escolha.
Quando os destinatários dos presentes são os miúdos a coisa
complica-se pois, para além dos eventuais custos, acontece com frequência
pensarmos que as crianças já têm tudo o que nem sequer é ajustado, porque na
verdade, muitas crianças a que nada parece faltar, sentem muitas precisões de
que nem sempre nos damos conta.
Nos últimos anos parece notar-se nos discursos das pessoas
alguma preocupação com a utilidade das prendas, minimizando a compra de coisas
ou bens mais supérfluos e escolher o que possa ser de maior utilidade.
Neste contexto e conhecendo o que se vai passando no
universo dos miúdos, gostava de sugerir, perdoem o atrevimento, um presente de
Natal pensando neles, mas que me parece também interessante para muitos dos
mais velhos. Aliás, faço esta sugestão com regularidade.
Trata-se de algo que parecendo não ser muito fácil de
encontrar, também não é assim tão difícil, se quisermos encontramos.
É um bem que pode assumir diversos tamanhos, podemos
oferecer a quantidade que acharmos por bem e não carece de manual de
instruções, pois não é muito sofisticado o seu uso. Creio que é um presente
que, para além de ser bonito, é bastante útil podendo ser usado das mais
variadas formas, em diferentes ocasiões e sempre com agrado.
Apresenta também a vantagem de corresponder a uma enorme
necessidade, raramente se encontra alguém que não se queixe da sua falta pelo que
oferecendo este presente estamos, para além de expressar o afecto que sentimos
pelas pessoas a quem oferecemos, a contribuir com algo de verdadeiramente
necessário e, como já disse, útil.
Creio que os mais pequenos vão gostar mais deste presente do
que de muitos dos jogos e brinquedos com que frequentemente são submersos, frequentemente
a mascarar alguma falta de tempo que temos para lhes dar e que, às vezes, sem
nos darmos conta compensamos com presentes.
Por outro lado, os mais crescidos que receberem tempo também
se sentirão bem, todos nós gostamos de um "tempinho" para nós vindo
que quem anda à nossa beira.
Na verdade, acho que poderia ser mesmo uma boa ideia
oferecer tempo às pessoas. É isso, este Natal podíamos poupar nos euros e
oferecer tempo, tenho quase a certeza de que as pessoas vão gostar.
Bom Natal para todos. Com tempo.
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