É verdade, a área de Lisboa, tal como outras zonas de Portugal, sempre se conheceram cheias assim como muitas regiões conheceram calor excessivo ou secas.
A questão é que não existem dúvidas de que a intensidade e a
frequência dos episódios extremos parecem estar a aumentar no planeta e,
obviamente, também por cá.
Imagino que a Terra comece a ficar cansada da
irresponsabilidade delinquente desta gente que a povoa, sobretudo dos que
lideram. Depois de tanta asneira insistem nos maus-tratos e não se entendem
sobre a forma de mudar de rumo.
Dão-lhe cabo das entranhas, alteram-lhe o clima, mudam
paisagens, esgotam-na, deixam-na estéril e sem sustento ou, pelo contrário, a
água é muita, devasta o que apanha pela frente.
A Terra não está a aguentar e zanga-se. E nós também não aguentaremos.
A minha avó Leonor, mulher de sabedoria, costumava dizer que
não era bom a gente meter-se com a Terra, com a natureza, e maltratá-la. A
natureza vai ser sempre maior que a gente e não aceita que mandem nela.
Quando acorda zanga-se e quando se zanga os efeitos são
devastadores. Apesar destes avisos não parece que a levem a sério.
Esta gente não aprende mesmo, já não espero que o fizessem
em nome deles, os seus interesses imediatos não deixam. Mas podiam fazê-lo em
nome dos filhos, dos filhos dos filhos, dos filhos dos filhos dos filhos, …
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